Até ao momento, foram escolhidos os dirigentes de 14 dos 18 centros distritais de Segurança Social. Uns com mais currículo do que outros, mas há um elemento que salta à vista: todos, à exceção de um, já tinham ocupado o lugar em regime de substituição, após nomeação dos partidos que compõe o Governo.
O Jornal de Negócios dá conta, esta segunda-feira, de que estes são organismos permeáveis à colonização partidária, algo que as novas regras prometiam eliminar.
Mesmo passando pelo crivo da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap), venceram o concurso exclusivamente figuras sociais-democratas ou centristas. Será coincidência?
Questionada sobre esta matéria pelo Jornal de Negócios, a comissão independente alega que escolheu os melhores, mas que as regras acabam por dar vantagem a quem ficou no cargo em regime de substituição. Já o ministro Mota Soares, que tutela a Segurança Social, fez saber que “este regime assegura a despartidarização do Estado e coloca pela primeira vez a decisão fora da tutela governamental”.