Os reguladores estão a braços com um problema que afeta clientes do Banco Espírito Santo (BES) que não foram ressarcidos pela compra de papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES).
Já foi criada uma associação que representa cerca de 200 pessoas nesta situação e, junto ao Banco de Portugal, em Lisboa, já se realizou uma manifestação a exigir uma solução para o facto de as aplicações terem transitado para o BES S. A. (banco mau). Contudo, ainda não há consenso.
Segundo o Diário Económico, o Novo Banco já entregou aos supervisores uma proposta de “solução comercial” para o problema. Contudo, o Banco de Portugal acredita que a responsabilidade é do GES e que não cabe à instituição liderada por Stock da Cunha compensar os clientes.
Quem pensa de forma diferente é a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), certa de que a “solução comercial” deve abranger todos os investidores, incluindo os que aplicaram dinheiro em dívida da Rioforte e da ESI. O valor a receber atinge os 668 euros.
O Diário Económico indica, ainda, que caso os supervisores não se entendam, é o entender do Banco de Portugal que prevalece, já que foi este o responsável pela aplicação da medida de resolução do BES.
Além disso, a solução encontrada na altura em que se conheceu o colapso do BES prevê que o Novo Banco “possa assumir eventuais créditos não subordinados resultantes de estipulações contratuais, anteriores a 30 de junho de 2014, que sejam documentalmente comprovadas”, pelo que podem ser ressarcidos apenas alguns clientes, ao contrário do que é o entender da CMVM.