Atenas divulga propostas que apresentou no Eurogrupo

As propostas que o governo grego apresentou nas duas reuniões do Eurogrupo que terminaram sem acordo quanto ao futuro da Grécia, com o programa de assistência financeira ao país a terminar no fim do mês, foram hoje divulgadas.

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© Reuters

Lusa
18/02/2015 19:10 ‧ 18/02/2015 por Lusa

Economia

Grécia

O jornal Financial Times publicou os textos das intervenções que o ministro das Finanças grego fez nas reuniões de ministros das Finanças da zona euro de 11 e de 16 de fevereiro, das propostas do governo, dos projetos de comunicado e da conferência de imprensa que Yanis Varoufakis deu na passada segunda-feira em Bruxelas.

Um dos textos divulgados refere que 2015 é um ano em que o país enfrenta necessidades financeiras especiais, com pagamentos de dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ao Banco Central Europeu (BCE) e a outros credores no valor de 17 mil milhões de euros.

Ainda de acordo com os documentos publicados, Yanis Varoufakis afirmou aos seus colegas da zona euro que nas eleições de 25 de janeiro o governo de Atenas foi mandatado para pôr fim à austeridade, para reformar e estabilizar o país e para implementar o crescimento.

O ministro disse também que o objetivo de Atenas é ganhar a confiança dos parceiros sem perder a confiança do povo.

Depois de garantir que o novo governo está empenhado em fazer reformas profundas, em combater a evasão fiscal e a corrupção e em cooperar e manter o diálogo com a Comissão Europeia, o BCE e o FMI, credores do país, Atenas defendeu uma nova parceria "baseada em objetivos realistas e políticas eficazes".

O ministro apontou para um saldo primário de 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em vez dos 4,5% previstos e defendeu um "programa ponte" que permita à Grécia enfrentar as suas necessidades financeiras dos próximos meses, tendo em vista os reembolsos que o país terá de fazer até agosto.

O ministro propôs uma transferência direta dos lucros de 1,9 mil milhões de euros alcançados pelo BCE com a compra de obrigações gregas para pagar ao FMI.

Na segunda reunião, o governo grego insistiu na necessidade de um acordo "de três a seis meses" que permita lançar as bases para um entendimento mais vasto, explicou a sua relutância em aceitar a exigência de "um alargamento do atual programa (de resgate) e a sua conclusão com êxito", alegando a discordância quanto à matriz do programa e reiterou a proposta de canalizar os lucros do BCE com as obrigações gregas para o FMI como uma forma de resolver o problema de liquidez no curto prazo.

A Grécia comprometeu-se também a não tomar medidas que levem a desvios orçamentais ou que prejudiquem a estabilidade financeira e a não adotar medidas quanto a um 'haircut' (corte) dos empréstimos.

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