A ministra das Finanças assegurou que a sua relação com o homólogo alemão é de colegas e não de professor e aluna.
“Não sou aluna de Schäuble, sou colega”, assegurou Maria Luís Albuquerque, dizendo ainda não compreender por que razão o homólogo grego acusou os portugueses de serem “mais alemães que os alemães”.
“Eu não sugeri a alteração de uma única vírgula daquele acordo. A questão que eu coloquei tem a ver com o procedimento”, explicou a ministra, acrescentando: “A minha intervenção foi no sentido de ser seguido o procedimento habitual”.
Procedimento este que, segundo Maria Luís Albuquerque, passa por a troika avaliar as medidas que serão apresentadas pela Grécia até segunda-feira, depois marcar uma reunião por conferência telefónica para explicar a todos os membros do Eurogrupo qual foi a sua avaliação e o resultado dessa avaliação.
A ministra reforçou ainda que tudo o que fez dentro do Eurogrupo, como sempre faz, foi “defender o que entendemos ser os interesses de Portugal e na reunião de ontem falei sobre o procedimento, foi uma intervenção construtiva no sentido de mantermos o procedimento habitual”.
Sobre as acusações que têm sido feitas pela oposição, de que o governo português é um fiel seguidor das diretrizes alemã, Maria Luís Albuquerque é perentória:
“O governo português esteve sempre do lado dos 18 membros do Eurogrupo. As posições tomadas foram tomadas pelos 18. Não há o lado da Alemanha, França ou Itália. A colagem é à Alemanha, à França ou a qualquer outro país [pois] todas as condições que tinham sido definidas pelos 18 membros estão no acordo”.