No discurso de abertura da conferência que apresenta hoje em Lisboa o lançamento do livro 'Mercator da Língua Portuguesa', Pires de Lima explicou que "entre o mercado nacional, ibérico, europeu, e os países de língua oficial portuguesa, Portugal tem acesso privilegiado e natural a um mercado com 750 milhões de pessoas, é o mercado mínimo a que se devem destinar as empresas ambiciosas com origem em Portugal".
Os países da lusofonia, de resto, são os que mais viram crescer as exportações portuguesas, que aumentaram 40% desde 2009, segundo os dados apresentados pelo ministro da Economia, que assina também o prefácio do livro hoje lançado em Lisboa.
Aumentar as exportações "pressupõe um maior relacionamento e mais intercâmbio para além da vertente cultura", porque, sublinhou, "um país que tem na língua a sua verdadeira dimensão, como Portugal, nunca é periférico e marginal".
Em sentido inverso, Portugal também tem vantagens, salientou o ministro, destacando a possibilidade de ser uma "plataforma privilegiada de investimento dos países lusófonos e uma porta de entrada".
A língua portuguesa, disse, é um fator crítico de sucesso, irrepetível para os concorrentes estrangeiros: "A língua e a capacidade de adaptabilidade são um fator crítico de sucesso que faz de Portugal um parceiro privilegiado para investimentos em África e na América do Sul".