Luís Marques Mendes mostrou-se chocado com o resultado da auditoria forense levada a cabo ao Banco Espírito Santo.
Para o ex-líder do PSD os resultados foram “arrasadores”, pois mostram “21 desobediências ao Banco de Portugal, há suspeitas de práticas de crimes aos pontapés, como gestão ruidosa, fraude, burla e falsificação de documentos”.
Perante o resultado da auditoria, Marques Mendes é perentório: “A gestão do BES parecia um exercício de banditismo”.
Mas não é apenas a auditoria que o comentador considera “arrasadora”. Para o social-democrata é estranho que ao fim de sete meses – desde a intervenção do Estado no BES – não haja ninguém detido.
“Passaram sete meses e, até ao momento, não há ninguém detido nem constituído arguido. Há zero arguidos até ao momento”, frisou, estabelecendo uma comparação com o caso do BPN.
“O BPN também foi um caso de polícia. A nacionalização foi a 2 de novembro de 2008 e 18 dias depois Oliveira e Costa estava detido, constituído arguido e em prisão preventiva”, lembrou.
Questionado sobre qual será a razão por detrás de tal diferença entre BPN e BES, Marques Mendes apontou apenas como hipótese a “complexidade do processo”.
Ainda nesta senda, o comentador teceu elogios à Procuradora-Geral da República por ter pedido celeridade neste processo.