A rentabilidade do Novo Banco foi afetada pelo custo total com imparidades, que ascendeu a 699,1 milhões de euros, dos quais 378,1 milhões de euros para crédito, 199,7 milhões de euros para títulos, 57,7 milhões de euros para ativos não correntes detidos para venda e 63,6 milhões de euros para outros ativos e contingências.
As imparidades decorrentes das participações na Portugal Telecom/Oi foram de 108,4 milhões de euros.
"As provisões atingiram o valor de 699,1 milhões de euros, que conjuntamente com o aumento registado nos custos com impostos decorrentes da alteração da taxa de IRC aplicável no apuramento dos impostos diferidos, condicionaram o resultado do Grupo Novo Banco", realçou em comunicado a entidade liderada por Eduardo Stock da Cunha.
Excluindo os fatores de natureza não recorrente, o resultado líquido apurado no período foi de 229,7 milhões de euros.
O resultado antes de provisões e imparidades (resultado bruto) atingiu 419,9 milhões de euros no período de cerca de cinco meses de atividade do Novo Banco, com o resultado financeiro e os serviços a clientes a ascenderem a 266,3 milhões de euros e 178,2 milhões de euros, respetivamente.
Já o produto bancário comercial situou-se nos 444,5 milhões de euros, ao passo que o produto bancário fixou-se nos 788,5 milhões de euros.
Os custos operativos dos cinco meses de vida do Novo Banco totalizam 368,6 milhões de euros, correspondendo a uma redução de 5,8% no quarto trimestre face ao terceiro trimestre de 2014, em base comparável.
O rácio de capital 'core tier 1' era de 9,6% em 31 de dezembro último. Mas, considerando o regime especial dos ativos por impostos diferidos, situava-se nos 9,8%.
Em termos de liquidez, "no quarto trimestre registou-se uma forte recuperação de 4,2 mil milhões de euros da carteira de depósitos o que constituiu a demonstração da confiança dos clientes no Novo Banco e da retoma da normalidade operacional", assinalou a instituição.
Assim, "a liquidez apresentou uma melhoria expressiva, com o rácio de transformação a atingir 126%, que compara com os 155% em setembro de 2014", lê-se no comunicado.
Em sequência do plano de desalavancagem implementado pela nova gestão, o ativo reduziu-se em 6,9 mil milhões de euros em cinco meses para 65,5 mil milhões de euros, com especial incidência no crédito (-1,8 mil milhões de euros) e na carteira de títulos (-1,7 mil milhões de euros).
[Notícia atualizada às 09h39]