De acordo com o Diário de Notícias (DN)/Dinheiro Vivo, apesar de não ter sido feito um pedido formal, a OCDE fará um estudo com recomendações para a reforma do Estado português. Mas tudo indica que as propostas não serão muito diferentes das já avançadas pelo FMI, na semana passada.
Cortes nos salários para os funcionários com menos qualificações, redução da duração do subsídio de desemprego, que deverá abandonar a relação tempo/idade para beneficiar os jovens desempregados, e o aumento do horário de trabalho, considerado dos mais baixos da OCDE, deverão ser três das propostas que a OCDE vai apresentar ao Governo português.
Acrescenta o Diário Económico que, as reuniões entre o Executivo e responsáveis da OCDE começaram ontem (segunda-feira) e prolongam-se durante esta terça-feira. Esta missão visa fazer o levantamento de elementos para depois definir os trâmites para a colaboração da OCDE na reforma do Estado.
No regresso à sede, em Paris, a OCDE deverá analisar e discutir os dados recolhidos no âmbito de um “comité intergovernamental”, composto por representações de Portugal, dos 29 países mais desenvolvidos da organização, da Comissão Europeia, de outras instituições internacionais e de países convidados, explica o DN.
No entanto, o trabalho da OCDE só deverá estar concluído dentro de dois a três meses, pelo que não estará pronto a tempo da sétima avaliação da troika, que regressará a Portugal em Fevereiro.