Ter conta num banco é cada vez mais caro, sobretudo se o valor que tiver em depósito não for elevado. Segundo o Jornal de Negócios, os depositantes com valores mais baixos chegam a ter que pagar três vezes mais do que aqueles que têm valores mais altos.
A culpa é dos custos de manutenção praticados pelos bancos, que nos últimos anos sofreram aumentos em alguns casos de 200%, devido à revisão dos patamares de saldo das contas.
O problema, explica o Jornal de Negócios, é que determinados bancos, como o Novo Banco, decidiram implementar uma taxa única, independentemente do valor que o cliente tenha depositado. Logo, quem tem menos, sai prejudicado. Outras instituições bancárias há que decidiram isentar os que têm contas mais 'recheadas' de qualquer taxa. Mais uma vez, os que menos têm saem a perder.
Ora vejamos, caso por caso.
No Novo Banco estabeleceu-se uma taxa fixa de 4,67 euros para todos os clientes. Já o Banif determinou que os clientes com uma conta até 5 mil euros depositados devem pagar uma taxa de 6,94 euros. Acima disso, ficam isentos. Antes da revisão, os clientes com um valor até 2.500 euros nada pagavam, o que significa que o custo disparou 233,5%.
O Barclays aumentou a sua comissão de 6,93 para 8,66 euros, e a CGD de 3,82 para 5,15 euros para clientes com saldos superiores a 2.500 euros. Estes valores traduzem-se num aumento de 25 a 35%. O banco do Estado manteve, porém, isentos, os clientes com contas com valores superiores a 3.500 euros.
Independentemente das alterações, a lógica continua a ser a mesma: os que têm menos pagam mais. Segundo as análises feitas pelo Jornal de Negócios, um cliente com um saldo inferior a 1.000 euros paga, em média, 5,39 euros. Quem tem mais de 2.500 euros na conta paga cerca de 3,76 euros e as contas acima dos 5.000 uma taxa de 1,51 euros.
Uma das soluções para pagar menos poderá passar por apostar nos pacotes de serviços comercializados pelos próprios bancos, que disponibilizam serviços básicos como depósitos, levantamentos ao balcão, pagamentos de bens e serviços ou transferências, e cobram taxas de manutenção relativamente mais baixas.