Portugal em projeto para explorar minerais em zonas subaquáticas

Portugal participa num projeto europeu de prospeção e exploração de minerais em zonas subaquáticas, no valor de 12,6 milhões de euros e que utilizará uma técnica mais segura e menos poluente, foi hoje anunciado.

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Lusa
19/03/2015 18:26 ‧ 19/03/2015 por Lusa

Economia

Prospeção

Segundo um comunicado de um dos parceiros portugueses do projeto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores -- INESC), o projeto tem o financiamento do programa de investigação e desenvolvimento da União Europeia H2020 e será "uma oportunidade para explorar a riqueza dos recursos minerais subaquáticos na Europa".

Com o nome VAMOS! (Viable Alternative Mine Operating System), o projeto tem uma duração de 42 meses e vai desenvolver um robô para exploração subaquática e o equipamento associado à recolha de materiais.

Vão ser feitos testes em depósitos de minerais em quatro lugares diferentes da União Europeia, três deles depósitos minerais submersos mas em terra e outro em alto mar.

"O protótipo baseia-se em técnicas de mineração em mar profundo, pelo que vai garantir uma opção mais segura e menos poluente para o aproveitamento económico de depósitos minerais que atualmente não são exploráveis por métodos tradicionais", diz o comunicado.

O projeto tem um consórcio de 17 parceiros de nove países. Na página oficial na internet explica-se que o fundamental para a abordagem do VAMOS! é o facto de a maioria dos depósitos de minerais na Europa estar em estratos aquíferos. E a técnica permite, diz-se, operar remotamente os equipamentos e não afetar o lençol freático local.

Jazidas atualmente inacessíveis, minas abandonadas ou alagadas e novas minas podem ser exploradas com este método, lê-se na página, na qual se lembra que a Europa tem exercido a atividade mineira ao longo dos anos mas que as zonas mais profundas ainda estão por explorar.

As estimativas indicam, acrescenta-se, que o valor dos recursos minerais por explorar na Europa a uma profundidade entre os 500 e os mil metros é de cerca de 100 mil milhões de euros.

"A União Europeia consome entre 25 a 30 por cento da produção de metais no mundo, enquanto a extração de metais na União Europeia representa apenas três por cento da produção mundial", estimando-se que a Europa importa anualmente 200 milhões de toneladas de minérios, segundo a mesma página.

A título de exemplo a Europa depende do exterior em cerca de 74 por cento em relação ao cobre, em 86 por cento quanto ao níquel e em 100 por cento quanto a minerais como antimônio, cobalto ou tungsténio, entre muitos outros.

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