O Banco de Portugal, que é responsável pela supervisão do sector bancário português, está vigilante em relação ao inquérito aos gestores do BES no DCIAP, e pode abrir um processo de averiguações contra o administrador-executivo do banco, Amílcar Morais Pires, o presidente-executivo do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), José Maria Ricciardi, e outros dois funcionários do BES por terem sido constituídos arguidos.
Fonte próxima da instituição liderada por Carlos Costa adiantou ao jornal i que o banco central “está atento ao que está a acontecer”.
De acordo com o jornal, o inquérito administrativo do Banco de Portugal terá o objectivo de verificar se foi violado o princípio da idoneidade a que os banqueiros membros do conselho de administração e os bancários estão vinculados pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. Isto uma vez que o regulador está obrigado a averiguar se Morais Pires e Ricciardi dão “garantias de gestão sã e prudente, tendo em vista, de forma particular, a segurança dos funcionários confiados”, como determina o regime em questão.
Em causa está o inquérito que investiga os crimes de ‘inside trading’ (uso de informação privilegiada) e manipulação de preços de mercado na entrada em bolsa da EDP Renováveis, em 2008, na sequência de uma queixa da CMVM, que é o regulador do mercado de capitais português.