"Um dos aspetos mais importantes em colocar uma empresa num caminho sustentável é o aumento dos volumes, principalmenta a produção de 3,5 milhões de barris por dia em 2018", disse o chefe do departamento latino-americano da Fitch, em entrevista à agência financeira Bloomberg.
Na entrevista, Joe Bormann explicou que se a Fitch "sentir que há problemas nos navios que possam ameaçar a produção, isso pode ser um gatilho para a degradação do 'rating", caindo para baixo do nível de investimento, conhecido geralmente como lixo.
A Fitch está a monitorizar o progresso da petrolífera brasileira na entrega de navios para produção e armazenamento de petróleo dentro do prazo, na sequência das ramificações das investigações ao processo Lava-Jato, que impede mais de 20 empresas fornecedoras da Petrobras de celebrarem novos contratos com a petrolífera.
A Petrobras produziu 2,8 milhões de barris de petróleo e gás natural em fevereiro, 2,5 dos quais de poços brasileiros.
Nas últimas semanas, as outras duas agências de notação financeira pioraram a avaliação que fazem da empresa, com a Standard & Poor's a piorar a perspetiva de evolução do 'rating' para Negativa, apesar de manter a avaliação propriamente dita, enquanto a Moody's cortou a avaliação da qualidade do crédito da empresa em dois níveis, para lixo.
A Fitch, por seu turno, tem a Petrobras no patamar logo acima do grau de não investimento (lixo) com uma perspetiva de evolução negativa, o que significa que o 'rating' poderá ser revisto em baixa nos próximos doze meses.