O facto de o novo quadro comunitário de apoio (Portugal 2020) estar "assente em princípios de territorialização de políticas públicas" permite uma melhor ligação a atividades e produtos locais e endógenos, sublinhou.
"O apoio ao empreendedorismo estava centralizado e agora a dispersão por programas regionais abre perspetivas de trabalho em rede e de proximidade, que pode potenciar uma dinâmica muito interessante do ponto de vista do artesanato", frisou.
Jorge Gaspar referiu ainda que a criação de emprego pelo artesanato "é crescente", considerando que este setor pode criar ainda mais empregos.
De acordo com o presidente do IEFP, o grande desafio do artesanato passa agora por um "equilíbrio entre tradição, cultura e inovação" e pela criação de "emprego no setor", através da profissionalização de atividades.
Para Jorge Gaspar, é fundamental que o artesanato se afirme como elemento criador de emprego, "aberto à inovação e à inclusão de novos processos tecnológicos e de instrumentos que antes não eram utilizados".
O presidente do conselho diretivo do IEFP falava hoje de manhã durante a sessão de apresentação do CEARTEaidlabs, um serviço de apoio à microempresa e ao setor do artesanato, no auditório do Centro de Formação Profissional do Artesanato (CEARTE), em Coimbra.
O CEARTEaidlabs, segundo o centro de formação, tem como objetivos apoiar a experimentação, prestar apoio técnico ao artesão em diversas áreas e prestar aconselhamento, orientação e consultoria para a criação de negócios e para a conceção e desenvolvimento de novos produtos.