Faz quatro anos que Portugal pediu o resgate financeiro. A 6 de abril, o então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos anunciava que Portugal iria entrar no programa de reajustamento financeiro.
Entretanto, a 16 de maio o programa foi aprovado pelos ministros das Finanças da zona euro e acordada a primeira tranche de um poio de 78 mil milhões de euros.
Mas Portugal já sentia as medidas de austeridade antes de a troika ter aterrado em terras nacionais. Em 2010, com o congelamento de admissões e progressões para a função pública, o aumento do IVA para 21% e outras medidas.
Em 2011, o cinto apertou ainda mais, com cortes salariais entre 3,5% e 10% para os funcionários públicos com salários superiores a 1.500 euros. Além de um novo aumento do IVA.
Passos Coelho entretanto assumiu o poder e novas medidas chegaram como o aumento de 6% para 23% o IVA sobre o gás e eletricidade e cortes dos subsídios de férias e Natal.
Em 2012, com o novo Orçamento surgem mais cortes. O teto das despesas de saúde passa para 10%. O Orçamento de Estado para 2013 previa o corte no subsídio de férias e de Natal nos funcionários públicos e pensionistas, mas os juízes do Palácio Ratton consideraram as medidas inconstitucionais, conta a TVI.
Em 2014 chegou o aumento da idade da reforma, dos 65 para os 66 anos. O Tribunal Constitucional exigiu a reposição dos cortes no subsídio de férias e declarou inconstitucional o corte dos salários públicos acima dos 675 euros.
A 17 de maio, Portugal viu-se livre da troika e prescindiu da última tranche do empréstimo, de quase três mil milhões de euros.
Com o início de 2015 deu-se o descongelamento das reformas antecipadas no privado e a definição de um teto para prestações sociais. A sobretaxa do IRS mantém-se nos 3,5%. Além de que o excesso da receita inscrita no orçamento irá reverter para os contribuintes, sob a forma de devolução no reembolso do IRS em 2016.
O Governo pretende ainda, no espaço de dois anos e meio, pagar antecipadamente ao Fundo Monetário Internacional os 14 mil milhões de euros, para poupar em juros. O último pagamento ao Fundo está agendado para 2024.