Em Portugal há um setor de exportações peculiar, que envolve os mais diversos tipos de animais, como cães, gatos, roedores e até peixes ornamentais. Os mercados são os mais variados. E incluem países onde entre as iguarias culinárias se incluem animais que preferimos ter como companhia e não à mesa do jantar.
Ao Expresso, Nuno Vieira Brito, secretário de Estado de Alimentação e Investigação Agroalimentar, é rápido a esclarecer os receios: “vão como animais de companhia”, garante ao semanário, acrescentando que “os roedores também são animais de companhia” e que “muitos dos dossiês de habilitação fechados [que garantem as autorizações para a exportação] são de peixes de aquarofilia, exportados para fins comerciais”.
O governante confessa que o setor de exportações “é um mundo”. Mundo esse que inclui não só animais de companhia mas também outros produtos, como ovos para incubação, embriões e até sémen de animais.
Em 2014, realça o Expresso, foram exportados pouco mais de 100 milhões de euros em animais vivos, de interesse pecuário.
Relativamente à exportação de cães, verifica-se o interesse da Coreia do Sul ou Filipinas como países compradores destes animais de companhia. Mas há também um mais bizarro interesse: o Japão, por exemplo, já adquiriu cadáveres de cães para fins experimentais.