O chefe do Governo esteve presente na inauguração da Ovibeja e prestou declarações aos órgãos de comunicação social, onde reiterou que, mesmo com a greve deos pilotos, a privatização da TAP não vai ser cancelada.
A greve que arranca a 1 de maio, próxima sexta-feira, ainda poderá ser cancelada e Passos Coelho voltou a apelar à ponderação dos pilotos, já que mesmo sem “dramatismos”, a “situação é muito difícil”.
“O impacto que uma greve de dez dias pode ter na economia nacional é significativo”, motivo pelo qual o primeiro-ministro pediu “maturidade” e “bom senso” aos pilotos e explicou que os problemas da TAP duram há muitos anos, apesar de o sindicato estar a justificar a greve com a privatização.
“Isto um dia terá de acabar, os portugueses têm direito a saber que o Governo não pode estar, nesta altura, a dirigir mais dinheiro dos impostos dos portugueses para uma empresa que pode ter fiabilidade, que pode crescer, que pode ser útil ao país, desde que a sua gestão possa contar com uma nova capitalização e com o bom desempenho dos seus profissionais”, defendeu Passos, insistindo na extrema necessidade de a TAP ser privatizada e garantindo que a privatização não vai ser cancelada.
O líder social-democrata alertou ainda que a “não privatização da TAP só pode conduzir a um despedimento coletivo e a um processo de reestruturação”, algo que não interessa a Portugal nem à empresa.