Em agosto do ano passado o país viu cair o maior império nacional no que à banca diz respeito. O ‘buraco’ do Banco Espírito Santo era tão fundo que não havia salvação e o banco faliu e foi dividido em ‘bom’ e ‘mau’.
Para Passos Coelho a responsabilidade do colapso do BES “foi bem apontada no relatório da Comissão de Inquérito e teve com destinatária a administração do próprio banco, que o colocou em risco durante vários anos, sabemo-lo hoje”.
Nesta senda, o primeiro-ministro considera que o “país deve [a Carlos Costa] o facto de ele não ter fingido que não via o que se estava a passar e ter intervindo de forma a salvaguardar a estabilidade financeira”.
“Devemos a Carlos Costa, à sua intervenção, ao seu nível de consciência, ter feito as perguntas que era preciso fazer”, acrescenta, garantindo que todas estas razões contribuem para que tenha uma “visão muito positiva do que foi o mandato do governador Carlos Costa”.
Sobre o caso Tecnoforma, o Chefe do Executivo diz que “ainda hoje” não sabe o que é “exatamente o caso Tecnoforma”, local onde, relembra, trabalhou como “trabalhador independente, a recebidos verdes e onde tinha um contrato de prestação de serviços”.
“Não era sócio da empresa, nunca ganhei rigorosamente nada por a empresa trabalhar mais ou menos”, sublinha.
Assim, e regressando mais uma vez às polémicas dívidas à Segurança Social, Passos Coelho lamenta o sucedido, mas garante: “Respondi com total lisura e honestidade”.
“Não sabia que tinha aquela dívida e durante o período em que era suposto ter feito aqueles descontos julguei que eles eram opcionais e, portanto, não estaria obrigado a fazê-los. Claro que se tivesse pensado que me iria candidatar a primeiro-ministro e haveria toda esta polémica, era preferível inteirar-me de todas as condições para que nada disto tivesse ocorrido”, conclui.