De acordo com o Diário Económico, David Neeleman, presidente da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, foi o vencedor do processo de privatização da companhia aérea portuguesa.
A mesma publicação adianta que o Executivo, que está reunido em Conselho de Ministros, vai anunciar ainda hoje a venda da transportadora aérea ao consórcio de David Neeleman (Azul), Humberto Pedrosa (Barraqueiro) e fundo de investimento Cerberus.
Segundo o Económico, o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho optou pela proposta de Neeleman por considera-la mais vantajosa, tendo em conta a disponibilidade do empresário brasileiro, descendente de americanos, para investir, bem como os respetivos projetos de capitalização da companhia.
Neeleman propôs-se comprar 53 novos aviões e a investir 350 milhões de euros, bem como reforçar as ligações aéreas para com o Brasil e os Estados Unidos.
O candidato, agora vencedor, garantiu ainda que irá partilhar 10% dos dividendos com os funcionários da TAP.
Depois de meses de negociações chega agora ao fim um processo que já havia sido iniciado em 2012, quando Germán Efromovich foi o ‘finalista’, mas acabou por não ganhar a privatização por não apresentar garantias bancárias.
Três anos depois, Efromovich volta a perder a corrida à compra da transportadora aérea. Recorde-se que da sua proposta faziam parte os pressupostos de que iria injetar 350 milhões de euros na transportadora aérea – 250 milhões em dinheiro e 100 milhões em aviões – e reforçar as relações de Portugal com a América Latina, América do Sul e Estados Unidos. Efromovich pretendia também rentabilizar o aeroporto de Beja em sinergia com o porto de Sines.
À semelhança de David Neeleman, também Efromovich garantia a distribuição de dividendos com os trabalhadores na ordem dos 10 a 20%.