Governo aprovou privatização da TAP com "muita coragem"

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje o que Governo aprovou a privatização da TAP com "muita coragem" e associou o PS ao processo, afirmando que começou em 1997 com um executivo socialista.

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Lusa
11/06/2015 14:44 ‧ 11/06/2015 por Lusa

Economia

Passos Coelho

Pedro Passos Coelho falou sobre a privatização da TAP durante uma visita a uma pousada na Praça do Comércio, em Lisboa, sem referir o nome do comprador - o consórcio Gateway, do empresário norte-americano e brasileiro David Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa - e remetendo esclarecimentos sobre o processo para a conferência de imprensa do Conselho de Ministros.

"Sei que o Conselho de Ministros já concluiu o seu trabalho e já tomou uma decisão nesta matéria. E é muito importante que o pudesse ter feito, na medida em que pelo menos desde 1997 que os governos andam a ver se conseguem resolver o problema da TAP. São já muitos anos. Temos de concordar que não temos sido muito eficientes nestes últimos 18 anos a resolver um problema que se tem agravado: cada ano que passa, agrava-se", declarou.

Passos Coelho considerou que o Conselho de Ministros aprovou a privatização da TAP "com muita coragem", qualificou a decisão de "extraordinariamente importante" e voltou a implicar o PS na cronologia deste processo: "Nós não podemos andar contra a história. Sabemos o que é que conduziu o Governo socialista em 1997 a procurar na Suissair um parceiro para poder realizar a privatização da TAP, e sabemos o que aconteceu à maior parte das companhias de bandeira da Europa ao longo de todos estes anos".

Segundo o primeiro-ministro, se o atual Governo PSD/CDS-PP não tivesse "condições para concluir este processo com sucesso", o resultado "era a liquidação da empresa no médio prazo, depois de uma manobra de reestruturação pública que não faria mais do que empurrar com a barriga".

Passos Coelho defendeu que a privatização da TAP constitui "um contributo importante para que o 'hub' de Lisboa se possa consolidar" e vai dar "previsibilidade" à empresa, beneficiando "todos os serviços, com o turismo em primeiro lugar".

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