O valor da transação é "medido pela capitalização, pelo preço pago por ações e pela opção de compra e venda", sendo que "não é possível antecipar nesta fase o valor recebido daqui a dois anos" pelo Estado com a privatização da TAP, explicou a secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco.
A governante falava em conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal Conselho de Ministros.
Na mesma conferência de imprensa, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro reconheceu que o valor de "encaixe" para o Estado com o negócio é "reduzido" mas "importante", sendo que a aposta no caderno de encargos sinalizava de antemão que havia um foco importante na capitalização da empresa.
O Estado recebe no imediato dez milhões de euros e poderá receber um total de 140 milhões de euros em dois anos, valor que depende, nomeadamente, dos resultados operacionais da TAP neste ano.
O Governo decidiu hoje vender o grupo TAP, dono da transportadora aérea nacional, ao consórcio Gateway, do empresário norte-americano e brasileiro David Neeleman e do empresário português Humberto Pedrosa, rejeitando pela segunda vez a proposta de Germán Efromovich.
De acordo com o Governo, a proposta da Gateway era a melhor proposta no que respeita à contribuição para o reforço da capacidade económico-financeira do grupo TAP, ao projeto estratégico e ao valor global apresentado para a aquisição de ações, critérios de avaliação previstos no caderno de encargos.
O agrupamento Gateway é constituído pela sociedade HPGB, SGPS e pela DGN Corporation.[Notícia atualizada às 15h43]