“Nos últimos 10 anos, Portugal evoluiu muito na reforma laboral”, mas é preciso fazer mais. É este o entender do diretor da Católica Lisbon School of Business & Economics.
Em entrevista ao Dinheiro Vivo, Francisco Veloso disse entender que Portugal continua a ser o país da OCDE com “maior rigidez em algumas dimensões, como o despedimento e a contratação, e portanto ainda é preciso fazer alguma coisa” no sentido de os facilitar.
Ter um crescimento alavancado nas exportações é, na perspetiva do professor, “o caminho certo”. “Baixaram-se os custos das empresas, que ganharam eficiência”, mas “a alteração da estrutura do balanço das empresas, a desalavancagem, está a ser feita a um ritmo mais lento do que noutros países”, explicou.
Em suma, ainda que o crescimento registado no país seja positivo, na opinião de Francisco Veloso, fica aquém do registado em outros “países que tiveram dificuldades semelhantes às nossas”, como Espanha e Irlanda.