"Sempre mostrámos flexibilidade para lidar com a nova situação económica e politica na Grécia. O objetivo do que estamos a fazer, todos juntos, é restaurar a estabilidade da economia na Grécia, a sua independência financeira, como foi o caso na Irlanda e em Portugal, por exemplo", declarou Christine Lagarde à chegada a uma reunião do Eurogrupo.
Para tal, insistiu, é necessário, por um lado, reformas estruturais profundas (a serem implementadas pela Grécia), e por outro o apoio financeiro (dos seus credores e parceiros), e é "seguindo essas linhas" que o FMI e as outras instituições "vão continuar a trabalhar", declarou, escusando-se a responder a questões, designadamente sobre o cenário cada vez mais provável de a Grécia não pagar atempadamente (na terça-feira) quase 1.600 milhões de euros à instituição a que preside.
Desde que o governo grego anunciou, na sexta-feira à noite, que vai submeter a referendo a última proposta dos credores (e aconselhar o voto no "não"), as conversações entre as autoridades de Atenas e os credores foram suspensas, esperando hoje o Eurogrupo ouvir do ministro Yanis Varoufakis quais as intenções da Grécia.