Os números são esmagadores. Três em quatro portugueses chegam ao fim do mês com a conta bancária a zeros, senão mesmo com saldo negativo. Ou seja, 72% da população do País tem francas dificuldades no que diz respeito ao pagamento dos seus encargos mensais, revela o mais recente relatório ‘Think’, da TNS Global, cujos dados remontam a meados de 2012, citado pelo JN.
Deste universo, uma fatia representativa de um quarto assegurava que o ordenado nunca chegava, e 48% assegurava padecer do mal: “Muito mês para tão baixo ordenado”. Esta mesma percentagem de inquiridos indicava também que trabalhar e ter um emprego já não constitui entrave para a pobreza.
Comparativamente ao ano de 2009, estes resultados reflectem um agravamento da situação, tendo em conta que, à data, as famílias que admitiam não ter rendimentos suficientes para fazer face às despesas fixavam-se em 64%.
Ora, o aumento da carga fiscal, com a subida das taxas de IRS, a que se soma a sobretaxa de 3,5%, abre caminho para que no fim de 2013 o cenário venha a ser ainda mais negro.