"É com satisfação, com reconhecimento pelas políticas públicas onde nós também damos o nosso esforço e damos naturalmente os nossos contributos, que hoje vemos estes números baixarem. Ainda está num número elevado? Está com certeza. Há muito a fazer? Há", disse o secretário-geral da UGT, durante a sessão de assinatura do protocolo do Gabinete de Inserção Profissional de Faro da UGT, com o ministro Pedro Mota Soares.
Questionado sobre se há aproveitamento político dos números do desemprego, Carlos Silva realçou que "a UGT não entra no processo partidário" e que "não vale a pena esgrimir os números oficiais".
"Temos consciência de que, para além dos cerca de 635 mil trabalhadores registados no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), mais de 300 mil pessoas emigraram, de que há muitos que deixaram de estar inscritos nos centros de emprego porque simplesmente deixaram de procurar emprego. Temos consciência disso, mas no dia em que se quiserem esgrimir os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do IEFP então alteram-se as regras do jogo e passam a contar todos", afirmou Carlos Silva.
O dirigente sindical sublinhou que "se é para dizer mal e o bota-abaixo" que não contem com a UGT, uma vez que "já há aí muita gente que diga mal".
"Nós temos que dizer bem daquilo que há que dizer bem. Quando piorar, nós cá estaremos para malhar no Governo e em quem quer que seja que esteja no poder", declarou Carlos Silva.
A taxa de desemprego fixou-se nos 11,9% de abril a junho, menos 1,8 pontos percentuais do que no trimestre anterior e 2,0 pontos percentuais abaixo do trimestre homólogo de 2014, segundo estimativas hoje divulgadas pelo INE.