"O número de sinistros aumentou bastante, passou para 23 mil sinistros e o montante previsível de pagamentos que iremos efectuar com base nesta informação será de cerca de 45 milhões, que é bastante mais do que a primeira informação que era de 23 milhões", disse hoje o presidente da APS, Pedro Seixas Vale.
Em declarações à agência Lusa, o responsável frisou que até 30 dias depois da intempérie podem ainda ser participados novos sinistros, pelo que acredita que a estimativa final das indemnizações possa ficar próxima dos 60 milhões de euros.
Os números agora apresentados respeitam às participações às seguradoras até 1 de Fevereiro.
Segundo Pedro Seixas Vale, a diferença entre o primeiro balanço feito e o actual deve-se a "um conjunto significativo de alguns sinistros com gravidade, que afectaram infra-estruturas de valor significativo" e que foram agora transmitidos.
"Daí a justificação para este aumento significativo do valor que iremos pagar", acrescentou.
O presidente da APS indicou que a maioria dos danos registou-se, sobretudo, em habitações, em instalações empresariais e em infra-estruturas ligadas à energia, nomeadamente redes de transporte de electricidade e de telecomunicações, que foram muito afectadas.
Segundo Pedro Seixas Vale, "mais do que o valor" em causa, "o número de pessoas e instituições afectadas" demonstra que esta foi "uma pequena tragédia para País".
"É também uma demonstração da nossa capacidade em rapidamente ressarcir as pessoas que fizeram seguros e demonstra a importância que o sector segurador tem nestas alturas em resolver as situações de uma forma rápida", acrescentou.
O Norte e o Centro do País foram as regiões mais afectadas pelo mau tempo que atingiu Portugal a 18 e 19 de Janeiro, tendo o Centro acumulado mais de metade dos sinistros e dos custos globais.