Pedro Passos Coelho admitiu estar satisfeito com o acordo, alcançado hoje, sobre o orçamento da União Europeia para os próximos sete anos, lembrando que apesar do apoio do seu Executivo à proposta inicial da Comissão Europeia, “sempre ficou claro que o acordo só seria possível numa base mais realista”. E para o primeiro-ministro foi-se “além desse objectivo”.
Apesar da “significativa redução” do orçamento global, reconhecida pelo líder do Governo português, em comparação com orçamentos anteriores, Passos sublinhou que Portugal obteve no conjunto da política da coesão e da política agrícola comum “um valor de 27,8 mil milhões de euros”, mais 300 milhões de euros” do que o documento inicial.
O montante dos fundos, ainda que superior ao inicialmente proposto, representa uma diminuição de “9,7%” em relação ao quadro financeiro anterior (2007-2013). Por ouro lado, a média europeia revela uma queda de 13,1%. “Num contexto de descida generalizada, melhorámos a nossa posição relativa no seio da UE no conjunto da coesão e agricultura”, defendeu o primeiro-ministro.
Passos Coelho aproveitou ainda a ocasião para expressar o seu “reconhecimento” ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, “pelo seu decisivo contributo para o sucesso desta negociação em circunstâncias adversas, tanto no interesse comum europeu, como no interesse de Portugal”.