Em resposta a jornalistas numa conferência em Nova Iorque, Dudley afirmou que o comité de política monetária da Reserva Federal (Fed) vai analisar "muitos fatores", mas reconheceu que o abrandamento na China pode levar a uma "diminuição da procura" na economia norte-americana.
"A desaceleração na China pode levar a um crescimento global mais lento e a uma diminuição da procura na economia dos Estados Unidos", disse.
"Na minha opinião, a necessidade de começar o processo de normalização da política monetária na reunião de setembro é menos imperiosa do que há algumas semanas", afirmou Dudley, defendendo que os agentes económicos "não devem reagir de forma exagerada" à agitação nos mercados financeiros, que pode "ser apenas um ajustamento temporário".
Muitos economistas previam uma subida das taxas de juro de referência da Fed a partir da reunião de política monetária de 16 e 17 de setembro, que seria o primeiro aumento em nove anos, um cenário que tem vindo a ser afastado pelos analistas nos últimos dias, numa altura em que aumenta a preocupação com a economia chinesa.
Dudley disse, no entanto, continuar a acreditar num possível aumento das taxas este ano, sem querer comprometer-se com uma data.
Depois da reunião de setembro, o comité de política monetária da Fed tem mais duas reuniões - no fim de outubro e em meados de dezembro.
Questionado sobre a hipótese de um novo programa de estímulos (QE ou Quantitative Easing), Dudley afastou a possibilidade e garantiu que a economia norte-americana "está em boa forma".