O Estado endividou-se mais para antecipar os pagamentos ao FMI

Estratégia de venda de obrigações mudou ao longo do ano para diminuir peso para os cofres públicos. Confiança dos mercados permitiu ao governo reduzir custos do empréstimo do Fundo Monetário Internacional.

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Notícias Ao Minuto
21/09/2015 08:28 ‧ 21/09/2015 por Notícias Ao Minuto

Economia

Financiamento

O Estado português endividou-se mais do que o previsto este ano. De acordo com as contas do Diário de Notícias, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública previa um aumento de 18,3 mil milhões de euros em relação ao ano passado, mas o número final acabou por significar um desvio de 6,4 mil milhões. 

No total, os cofres públicos deverão aumentar a dívida em cerca de 25,9 mil milhões de euros durante o ano de 2015. A razão é conhecida: o governo realizou mais emissões de dívida pública do que originalmente planeado, para poder antecipar o reembolso ao FMI, substituindo o dinheiro devido ao Fundo por empréstimos com taxas de juro mais baixas. 

Em média, a parte do resgate financiada pelo FMI teria de ser paga com juros de 4,8%, uma taxa muito superior aos custos pagos pelo Estado português no mercado de dívida atual. Nas últimas emissões de longo prazo, os investidores aceitaram comprar dívida portuguesa com taxas a rondar os 2%. Nos leilões de prazos curtos, o IGCP conseguiu mesmo colocar títulos a taxas negativas pela primeira vez na história portuguesa. 

O reembolso antecipado do empréstimo do Fundo Monetário Internacional deverá permitir, segundo as contas do Ministério das Finanças, uma poupança de 730 milhões de euros nos próximos quatro anos. No entanto, a dívida do Estado arrisca uma derrapagem, podendo ficar acima da meta de 124,2% do PIB no final de 2015.

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