Na mira da justiça está o Sindicato dos Quadros dos Técnicos Bancários e, mais propriamente, o seu presidente, Afonso Diz que, segundo a RTP, é suspeito de ter desviado cerca de 38 milhões de euros dos cofres do sindicato.
Mas a história, tal como conta o jornal i, começa em 2009.
A justiça considerou nula a Fundação Social do Quadro Bancário que estava sob a alçada do Sindicato dos Quadros dos Técnicos Bancários. Contudo, três dias depois desta decisão judicial, a mesma fundação pediu uma alteração de estatutos ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social que primeiro concedeu a alteração, mas assim que tomou conhecimento de que a fundação afinal não existia, negou o pedido da mesma.
Contudo, a Fundação Social do Quadro Bancário, que não tinha autorização para funcionar, pediu, em 2010, um crédito de 11,5 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos, empréstimo que foi concedido.
Numa carta com a data de janeiro deste ano, e a que o jornal i teve acesso, a instituição bancária garante ter sido “surpreendida com a informação” de que a fundação era nula, admitindo que nestas circunstâncias o crédito não deveria ter sido autorizado.
Na mesma missiva, a CGD pede explicações ao sindicato, pois é esta a entidade “garante do cumprimento das obrigações assumidas pela Fundação Social do Quadro Bancário”.
A polémica não se fica por aqui. Conta o jornal i que nas contas do sindicato consta o pagamento de salários de funcionários da fundação – que nunca funcionou – e que atualmente recebem através do próprio sindicato. A autorização para estes pagamentos foi feita por Afonso Diz, o presidente do sindicato, que está sob investigação.