Défice de 7,2% em 2014? "Não é novidade e não tem impacto na dívida"

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) dão conta de que o défice no final do primeiro semestre ficou em 4,7% do PIB. Já o défice de 2014 disparou para 7,2% a reboque do falhanço na venda do Novo Banco.

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Notícias Ao Minuto
23/09/2015 12:15 ‧ 23/09/2015 por Notícias Ao Minuto

Economia

Reação

"Foi hoje comunicado pelo INE o procedimento de défice excessivo. É uma correção estatística ao nosso défice de 2014, não é uma novidade. Já tinha sido adiantado pela ministra das Finanças. Foi contabilizado estatisticamente a questão do empréstimo de 3,9 mil milhões de euros devido à criação do Novo Banco. Mas não tem qualquer influência no impacto na dívida portuguesa". É desta forma que Passos Coelho reage ao facto de o défcie do ano passado ter disparado para 7,2% em função da ajuda concedida ao Novo Banco e do recente falhanço da sua venda.

Passos Coelho reafirma que estes dados em nada alteram a meta e que "quando o Novo Banco vier a ser vendido e se ajustar as contas, isso também não terá nenhum efeito".

"Terá apenas um impacto estatístico. Há a confirmação de que tirando esse fator, de facto o défice ficou cumprido dentro das metas que estavam prometidas", garante.

Já quanto aos dados comunicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dão conta que "o saldo global das administrações públicas fixou-se em 4.092,9 milhões de euros, correspondendo a 4,7% do PIB", Passos Coelho demonstra-se bastante otimista.

Outro aspeto positivo apontado por Passos Coelho é a evolução do rácio da dívida. "O nosso rácio tem vindo a diminuir consecutivamente", frisa.

"Estamos a cumprir o que estava programado. Os dados apontam para que a meta esteja ao nosso alcance, a meta de 2,7%".

O primeiro-ministro não deixou de tecer críticas à oposição. "Havia do lado da oposição uma visão catastrofista que não conseguiríamos alcançar as metas mas estes dados reforçam a nossa convicção de que temos a meta ao nosso alcance".

Estes dados não nos obrigam "a tomar nenhuma medida adicional". "Como não nacionalizámos o BES e apenas emprestámos dinheiro, o que se passa é que o Estado já recebeu mais de 120 milhões de euros em juros. Quando mais tarde o dinheiro que emprestámos regressar aos cofres, mais juros acumulará. Quanto mais tempo demorar, mais dinheiro renderá. Não estamos a perder nenhuma oportunidade", termina nem tom otimista.

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