Em entrevista ao jornal i, o ex-ministro da Segurança Social e do Trabalho começa por dizer que a campanha é um “pasto excelente para graçolas e imbecilidades” no que à questão da sustentabilidade da Segurança Social diz respeito.
“O plafonamento é interessante, mas as pessoas não percebem. Não há propostas inovadoras”, lamenta, para de seguida acrescentar que a proposta do Partido Socialista é uma “situação de rutura, é entrar numa zona de nevoeiro, é trocar o certo pelo incerto”.
“O PS cai no erro de baixar a TSU até oito pontos percentuais, o que nunca se fez em parte nenhuma e vai perturbar a lógica interna do sistema”, garante em declarações ao jornal i, deixando um alerta: “A proposta do PS é perigosa”.
Assim, “apesar de tudo”, o social-democrata que tem sido um crítico ativo deste Governo, garante que “votaria na proposta da coligação, porque é um mal menor”.
Apesar das críticas, Bagão Félix garante que há um “aspeto positivo” a tirar dos últimos anos de austeridade e de consequentes dificuldades: “Elevaram na sociedade a discussão e a questão de que não de podem vender ilusões nem inconsciências. Há uma maior dose de realismo. Há um travão naquilo que é a fuga para a frente”.
“Há mais realismo e concentração em aspetos importantes”, conclui.