Governo "desprezou" a restauração, setor "fundamental para a economia"

O secretário-geral do PS afirmou hoje que a forma como o Governo "desprezou" o setor da restauração foi "o exemplo" da sua incapacidade para o diálogo, razão pela qual defendeu que não tem condições para continuar.

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Lusa
26/09/2015 16:35 ‧ 26/09/2015 por Lusa

Economia

António Costa

António Costa falava antes de ser recebido por apoiantes socialistas na Praça do Município de Gondomar e depois de lhe ter sido entregue pelo diretor geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), José Manuel Esteves, um memorando sobre a situação do setor, com propostas de medidas a adotar.

"Estamos perante um excelente exemplo da forma como o Governo, ao longo destes quatro anos, desprezou um setor fundamental para a nossa economia. Foram 30 mil empresas e 90 mil postos de trabalho que se perderam", apontou.

Para Costa, um Governo "que revelou essa indiferença absoluta, que se recusou sempre a ouvir as oposições ou os parceiros sociais, e que governou como governou, demonstra bem que não tem condições para continuar".

"Um país governa-se em diálogo, ouvindo os outros, percebendo quais os efeitos das medidas que se tomam e corrigindo atempadamente o que é necessário corrigir. Mas o que foi feito no setor da restauração é mesmo a demonstração do que não podemos consentir - e que prosseguirá se este Governo continuar em funções", advertiu.

De acordo com o secretário-geral do PS, os eleitores "têm de assegurar que não há uma segunda oportunidade para este Governo, depois de tanto mal que fez a tantas empresas e a tantos os trabalhadores".

Depois, reiterou uma das principais promessas constantes no programa eleitoral do PS: "O compromisso está fechado, o IVA da restauração será reposto nos 13 por cento".

Antes, o diretor geral da AHRESP tinha-se manifestado disponível para dialogar com um futuro Governo liderado pelo PS no sentido de se criar um plano de emprego no âmbito do próximo Orçamento do Estado.

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