António Costa falava antes de ser recebido por apoiantes socialistas na Praça do Município de Gondomar e depois de lhe ter sido entregue pelo diretor geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), José Manuel Esteves, um memorando sobre a situação do setor, com propostas de medidas a adotar.
"Estamos perante um excelente exemplo da forma como o Governo, ao longo destes quatro anos, desprezou um setor fundamental para a nossa economia. Foram 30 mil empresas e 90 mil postos de trabalho que se perderam", apontou.
Para Costa, um Governo "que revelou essa indiferença absoluta, que se recusou sempre a ouvir as oposições ou os parceiros sociais, e que governou como governou, demonstra bem que não tem condições para continuar".
"Um país governa-se em diálogo, ouvindo os outros, percebendo quais os efeitos das medidas que se tomam e corrigindo atempadamente o que é necessário corrigir. Mas o que foi feito no setor da restauração é mesmo a demonstração do que não podemos consentir - e que prosseguirá se este Governo continuar em funções", advertiu.
De acordo com o secretário-geral do PS, os eleitores "têm de assegurar que não há uma segunda oportunidade para este Governo, depois de tanto mal que fez a tantas empresas e a tantos os trabalhadores".
Depois, reiterou uma das principais promessas constantes no programa eleitoral do PS: "O compromisso está fechado, o IVA da restauração será reposto nos 13 por cento".
Antes, o diretor geral da AHRESP tinha-se manifestado disponível para dialogar com um futuro Governo liderado pelo PS no sentido de se criar um plano de emprego no âmbito do próximo Orçamento do Estado.