O Governo rejeita ter alterado as contas da Parvalorem para esconder prejuízos maiores do que o previsto. Em comunicado oficial, as Finanças rejeitam as acusações que surgiram após investigação da Antena 1, garantindo que “as imparidades são avaliadas e validadas pelos auditores das empresas de acordo com os critérios definidos para o efeito e adequadamente refletidas nas contas”.
“Refira-se que qualquer materialização ou não dessas perdas é sempre registada nas contas da Parvalorem no momento em que se verificam, com o correspondente impacto nas contas públicas”, garante o documento enviado pelo Ministério das Finanças às redações, concluindo que “não há qualquer manipulação ou ocultação de contas”.
A polémica surgiu após as palavras de uma fonte interna da empresa de gestão das participações do Estado à Antena 1, onde admitiu uma alteração das contas a pedido de Maria Luís Albuquerque. "Foi uma martelada que demos nas contas, eu nem questionei, as ordens vinham de cima, para recalcular as imparidades de forma a baixar o valor, atuámos dentro da margem que tínhamos", garantiu a fonte citada pela rádio pública, em referência ao pedido da então Secretária de Estado do Tesouro.
As investigações apontam para uma alteração que escondeu as verdadeiras perdas, diminuindo os prejuízos em cerca de 150 milhões de euros e evitando o aumento do défice das contas do Estado.