A ministra das Finanças assegura que não tentou convencer a Parvalorem a mudar as previsões de prejuízos em 2012. Em esclarecimentos dados aos jornalistas e transmitidos pela SIC Notícias, Maria Luís Albuquerque garantiu que “não é possível” o Governo indicar a vontade de reduzir os números e que a abordagem foi apenas “uma pergunta”.
"O que perguntei foi se a expectativa de cobrança de créditos não estaria a ser demasiado negativa", revela a líder das Finanças, afirmando que "não se pode chamar instrução" à pergunta colocada.
Para a então secretária de Estado do Tesouro, a alteração das contas da empresa que gere as participações do Estado “não é uma coisa que se possa pedir”, uma vez que “as contas são da responsabilidade da administração das empresas, com critérios que estão definidos".
“O que estamos a falar é de expectativas de perdas futuras e podemos ter visão mais pessimista ou mais otimista. Não é nada se possa ocultar, disfarçar nem manipular de alguma forma”, conclui Maria Luís Albuquerque.
As palavras da Ministra das Finanças surgem na sequência da investigação divulgada hoje pela Antena 1. De acordo com a rádio pública, fontes internas da Parvalorem garantem que a atual líder do Ministério pediu à empresa do Estado para diminuir as previsões de prejuízos, de forma a evitar um impacto negativo no défice de 2012.