A Volkswagen está a confrontar-se com a mais grave polémica da sua história. A utilização de software ilegal para esconder as verdadeiras emissões de gases poluentes nos carros a gasóleo da marca pode trazer consequências desastrosas para o grupo germânico e por isso mesmo, a liderança está preocupada com o futuro.
“É uma crise que ameaça a sobrevivência da empresa”, admitiu o presidente do conselho de administração da Volkswagen, em declarações ao jornal Welt am Sonntag. Ainda assim, Hans Dieter Poetsch acredita que a companhia irá sobreviver, desde que faça as mudanças necessárias.
A polémica já forçou Angela Merkel a tomar posição, admitindo que o problema da maior marca de automóveis da Alemanha e uma das maiores do mundo é “dramático”. No entanto, em entrevista à Bloomberg a chanceler rejeitou que a indústria germânica passe agora a ser vista com maus olhos: “A confiança na Alemanha para fazer negócios não foi de tal forma abalada que deixemos de ser encarados como um bom parceiro de negócio”.
O presidente do Parlamento Europeu veio a público afirmar que a polémica “é um desaire para a economia alemã, como um todo”, acrescentando que “é difícil de acreditar naquilo que foi feito com negligência e possivelmente até com intenção criminosa”. “Mas acredito que a Volkswagen é uma empresa forte e tem todas as possibilidades de sobreviver a esta crise”, conclui Martin Schulz.