José Fernando de Figueiredo quer uma economia de mercado mais forte em Portugal. Em entrevista ao Diário Económico, o gestor da Instituição Financeira de Desenvolvimento pediu responsabilidade aos partidos políticos, de forma a criar um cenário que facilite a vida às empresas nacionais.
"As empresas são as entidades que criam riqueza e emprego", explica o economista, afirmando que "quem quer que seja que governe (…) deve ter isso em pano de fundo". "Estamos ainda numa situação de grande instabilidade", avisa José Figueiredo, antes de concluir que "temos, por isso, que ser capazes de transmitir, dentro deste cenário instável, por definição, alguma estabilidade às nossas empresas".
Para o vice-presidente do banco de fomento, é necessário que "exista alguma capacidade de previsão, mesmo que seja relativamente curta, porque senão é muito difícil fazer projetos, investir e tentar inovar".
"O que chamamos o princípio da recuperação é ainda muito ténue na vida das pessoas e na própria estrutura da economia. É importante que mantenhamos essa estabilidade mínima, essa capacidade mínima para recuperar, para depois encetarmos um período de recuperação definitiva", conclui José Fernando de Figueiredo.