Subir salário mínimo? Sim, mas "600 euros a 1 de janeiro é absurdo"

Confederação do Comércio e Serviços de Portugal não se opõe a aumento do salário mínimo mas realça que há questões a ter em conta.

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© Reuters

Notícias Ao Minuto
02/11/2015 07:45 ‧ 02/11/2015 por Notícias Ao Minuto

Economia

Vieira Lopes

Para a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), “tem sentido aumentar o salário mínimo”. Porém, tal “deve ser negociado por volta de setembro/outubro que é quando as empresas fazem os planos para o ano seguinte”.

As palavras pertencem ao dirigente da CCP Vieira Lopes, que em entrevista ao Diário Económico é perentório sobre esta questão: “Agora, [salário mínimo] de 600 euros a 1 de janeiro é absurdo”.

Vieira Lopes realça que em Portugal há “20% da população empregada a receber salário mínimo e uma taxa de mais 4% a 6% com escalões relativamente próximos”, razão pela qual considera haver uma “visão simplista” desta questão, que ‘esquece’ o que chama de “efeito de arrastamento”.

Diz ainda Vieira Lopes que não pode desvalorizar-se a concertação social, pois “seria negativo” que o valor começasse “a ser decidido por votação no parlamento”.

Sobre o impasse político em Portugal, o dirigente frisa que a CCP defende “que as eleições deviam ter sido antes do verão”, precisamente para prevenir dúvidas como as que se verificam atualmente na política portuguesa.

A CCP disse-o inclusivamente a Cavaco Silva, mas o Presidente da República acabou por optar por escolher o passado dia 4 de outubro como data das eleições.

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