No âmbito do caso BPN, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) está a preparar a quarta acusação que envolve, segundo apurou o Sol, crimes de burla qualificada e fraude que envolvem não só o antigo presidente do banco, José Oliveira e Costa, mas também o antigo ministro Arlindo de Carvalho (que tutelou a pasta da Saúde no XII Governo de Cavaco Silva), o seu sócio e antigo governante ligado ao PS, José Conceição Neto, e o advogado que liderou uma série de negócios imobiliários do BPN/Sociedade Lusa de Negócios (SLN), Ricardo Oliveira.
Em causa está a Herdade da Miséria, em Lagos (Algarve), uma propriedade assumida por Arlindo de Carvalho, mas que na verdade pertencia à SLN.
O Sol refere que, o valor global desta burla é superior a 100 milhões de euros, ou seja, o segundo maior em valor dos cerca de 20 processos do dossiê BPN que o DCIAP tem em mãos.
Uma fonte da Polícia Judiciária (PJ) que investiga este caso explica que o antigo ministro Arlindo de Carvalho terá “compactuado com Oliveira e Costa para tapar os buracos financeiros que este provocou no grupo, comprando imobiliário que voltaria a vender ao mesmo, com o intuito de falsificar a contabilidade da SLN/BPN”.