Os números avançados este domingo pelo Jornal de Notícias mostram que o número de famílias insolventes tem vindo a diminuir, mas que ainda se mantém em níveis preocupantes.
No primeiro semestre deste ano, segundo os dados do Instituto Informador Comercial, decretaram falência 6.419 pessoas – 35 famílias por dia –, menos 604 do que no mesmo semestre do ano anterior.
Natália Nunes, responsável pelo gabinete de apoio ao sobre endividado da DECO, diz ao JN que esta redução não é sinónimo de abrandamento da crise, mas sim de um aumento de pessoas que recorrem ao Processo Especial de Revitalização.
Este mecanismo, explica o JN, é extrajudicial e ajuda as famílias endividadas a negociarem com os credores um perdão dos juros, multas e comissões ou mesmo parte do dinheiro em dívida e pagar o remanescente em prestações.
Durante estes dois ou três meses de negociação, explica o presidente da Associação de Administradores Judiciais, os sobreendividados não podem ser alvo de ações ou execuções por parte dos credores.
Regressando aos números, os dados a que o JN teve acesso mostram que em 2014 houve 12.775 pessoas que declararam insolvência, menos 378 do que em 2013 e menos 313 do que em 2012.
Há dois anos foi mesmo o pior ano em termos de insolvências (13.153).