Com António Costa como primeiro-ministro o objetivo governativo é o de terminar com o “ciclo de empobrecimento de forma responsável” através de uma “leitura inteligente e flexível” das regras orçamentais impostas pela Comissão Europeia.
O texto do Financial Times, escrito pelo correspondente do jornal norte-americano em Portugal, defende ainda que Angela Merkel deixará de ter em Portugal um aliado na defesa pela austeridade, pois António Costa é defensor de uma flexibilização das regras orçamentais, a par da Espanha, França e Grécia.
O artigo é complementado por declarações do antigo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa que lembra que “fizemos um esforço diabólico para chegarmos onde estamos hoje”, admitindo que o “preocupa” o “desejo do Governo em aumentar o consumo privado”, o que levará a um défice da balança comercial e, consequentemente, a um novo resgate.
Quem também contribuiu para este extenso artigo foi o embaixador Francisco Seixas da Costa: “A experiência dos últimos quatro anos criou uma profunda divisão na sociedade portuguesa e o centro político quase desapareceu. Uma parte da sociedade queria manter Pedro Passos Coelho no poder e outra parte queria livrar-se dele a qualquer preço”.