Mexer nas metas nominais para acomodar o impacto da recessão, talvez. Abrandar o ritmo dos cortes na despesa, não. Esta será a posição da troika relativamente à proposta do Governo quanto a um refrear no ritmo do ajustamento do País, segundo apurou o Diário Económico.
Até porque, as autoridades internacionais que estão em Portugal no âmbito da sétima avaliação do programa português consideram que a consolidação do lado da despesa tem ficado aquém do planeado, mostrando-se, assim, inflexíveis no que a um suavizar do ajustamento estrutural diz respeito.
Assim, dificilmente existirá margem para diluir a implementação da reforma do Estado Social ao longo de um período mais alargado de tempo, pelo que, tudo indica, a tesourada de 4 mil milhões de euros a aplicar na despesa até 2014, manter-se-á.
Não obstante, Portugal poderá beneficiar de uma revisão das metas nominais do défice, estimadas em 4,5% do PIB para 2013 e em 2,8% do PIB para 2014.