Entre janeiro e outubro do corrente ano, perderam o emprego – quer por despedimento coletivo, quer por rescisão amigável – 5.700 trabalhadores.
Os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) mostram que o número é inferior ao registado em igual período do ano passado (menos 800 despedimentos), mas novos cálculos podem mudar essa realidade.
Isto se forem contabilizados os empregos que se perderão com os despedimentos anunciados, por exemplo, na Triunfo, Somague, Unicer, Triumph e Cimpor.
A fábrica de bolachas da Triunfo, em Sacavém, vai ser deslocada para outro país. O mesmo se espera em relação à fabricada da marca de lingerie Triumph.
A “aposta numa lógica de redução de encargos à custa dos postos de trabalho e a dispensa de mão-de-obra qualificada e experiente” são, para o secretário-geral da CGTP, um “problema de fundo”.
“É necessário aplicar os fundos da União Europeia para as empresas de produção nacional, por forma a conseguir manter o nível elevado de exportações e paralelamente diminuir as importações. Além disso, devem ser criadas regras para que o país não esteja tão dependente das multinacionais”, alertou Arménio Carlos em declarações ao Jornal de Notícias.