Deaton, que falava em entrevista à agência Efe, referiu que a crise nos anos 30 do século passado mostrou que "não é essa a forma de abordar estas questões".
"Haverá sempre economistas que pensam que a austeridade é uma boa ideia, mas creio que a maioria não pensa assim, gostaríamos que houvesse mais gastos", afirmou.
O economista, distinguido com o Nobel pela sua "análise sobre o consumo, a pobreza e o bem-estar" nasceu na Escócia há 69 anos e trabalha nos Estados Unidos, na Universidade de Princeton, na área do desenvolvimento económico.
Numa semana em que a cimeira do clima em Paris entra na fase final, o Nobel afirmou-se convencido de que "a economia pode respeitar o meio ambiente".
As soluções para conseguir esse objetivo passam "por uma maior inovação, não tentando parar o crescimento económico".
"Necessitamos de novas formas para fazer as coisas, novas técnicas que não impliquem a queima de combustíveis fósseis e seria bom ver mais esforços canalizados para a inovação", defendeu.