Os problemas do Banif já eram conhecidos há várias semanas, mas as notícias de uma possível resolução pública avançadas pela TVI e Público parecem ter acelerado a busca por uma solução sustentável.
A venda da participação pública de 60% no capital do banco entrou em velocidade de cruzeiro, com a liderança de Jorge Tomé a receber a ajuda da Deloitte para procurar interessados. Até sexta-feira, a administração do Banif espera receber ofertas concretas, que deverão ser analisadas pelo Governo para que seja escolhido um comprador até ao final deste ano.
Na edição impressa de hoje, o Diário Económico garante que o Ministério das Finanças quer reservar três meses para a conclusão do negócio após a escolha de um comprador, o que significa que a conclusão do processo do Banif só deverá chegar em março do próximo ano. O modelo de venda ainda não foi totalmente definido, mas uma das fontes citadas pelo Económico fala num "formato flexível", que coloca nas mãos dos interessados a escolha dos detalhes finais.
A separação entre banco e fundo com ativos 'tóxicos' parece quase certa, mas o destino do 'banco mau' não é conhecido. Caso as ofertas tenham em vista apenas os ativos e participações 'boas' do Banif, o Estado será forçado a assumir os riscos do 'fundo mau', pelo menos até ser encontrada outra solução.
Os rumores apontam neste momento seis interessados, que poderão fazer propostas pelo banco e pelos ativos 'tóxicos', com condições variáveis. O Observador garante que o Santander é um dos nomes mais fortes na corrida, principalmente após a aprovação de um aumento de capital de 300 milhões de euros que vai aumentar a liquidez do banco de origem espanhola.