Suíços aprovam limites aos salários dos executivos em referendo

Os suíços estão prestes a aprovar uma das leis mais restritivas em termos mundiais no que toca ao pagamento dos executivos, de acordo com as projecções dos resultados do referendo deste domingo avançadas pela estação televisiva SF1.

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Lusa
03/03/2013 13:47 ‧ 03/03/2013 por Lusa

Economia

'Fat cats'

A iniciativa contra os 'fat cats' (gatos gordos, numa tradução livre), proposta por Thomas Minder, presidente de uma companhia suíça que produz pasta de dentes, foi apoiada por 68% dos votantes, segundo as projecções da SF1, citadas pela agência de informação financeira Bloomberg.

De resto, outras sondagens realizadas antes da votação, como a da consultora GFS já apontavam para este desfecho.

A proposta dá aos accionistas das empresas do país helvético o direito de votarem anualmente a remuneração que deve ser paga à gestão, eliminando os bónus de assinatura, bem como pacotes de indemnização e incentivos extra em operações de fusão.

A iniciativa também inclui regras para punir os executivos que violem estes termos e que poderão enfrentar penas de prisão até três anos.

Pelo menos cinco dos 20 presidentes executivos de empresas europeias mais bem pagos trabalham para companhias suíças, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.

Entre eles, encontram-se o presidente do Credit Suiss, Brady Dougan, da Nestlé, Paul Bulcke, ou das farmacêuticas Novartis e Roche, Joe Jimenez e Severin Schwan, respetivamente.

Esta acção ganhou um impulso importante quando, no mês passado, foi noticiado que a Novartis planeia pagar ao seu chairman (presidente do Conselho de Administração) demissionário, Daniel Vasella, até 60 milhões de euros para prevenir a possibilidade de o gestor ir trabalhar para uma farmacêutica rival.

Face à ira que a notícia causou junto da opinião pública suíça, a maior farmacêutica europeia decidiu anular o acordo.

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