O Santander usou declarações que gestores públicos fizeram há dois anos na comissão parlamentar de inquérito aos swaps para desacreditar os seus testemunhos no julgamento no Tribunal Comercial de Londres, avança o Diário Económico.
Recorde-se que decorre um julgamento sobre a validade e aplicabilidade dos contratos 'swap' assinados por quatro empresas de transportes de capitais públicos, Metro de Lisboa, Carris, Metro do Porto e STCP entre 2005 e 2007, e que em junho apresentavam perdas de 1.320 milhões e tinham 233 milhões de euros de pagamentos em atraso.
As empresas estatais alegam que não tinham capacidade para comprar as swaps e querem a nulidade das mesmas, defendendo que não tinham conhecimentos suficientes sobre as swaps. Porém, argumentos usados há dois anos podem agora dificultar essa sua intenção.
Isto porque o Santander defende que os gestores sabiam muito bem o que estavam a fazer e tinham acesso a todos os conhecimentos necessários. Mais, as declarações provam que foram discutidos os prós e contras dos 'swaps' e que estes “estavam a par dos riscos que corriam, mas estavam convictos de quem eram os riscos apropriados, em toda as circunstâncias”.