Banif: "Não foi possível porque realidade é o que é", reage Passos

No Palácio da Cidadela, em Cascais, o ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho comentou a solução encontrada para o Banif.

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Notícias ao Minuto
22/12/2015 11:27 ‧ 22/12/2015 por Notícias ao Minuto

Economia

Passos Coelho

Reagindo às acusações que foram feitas nos últimos dias ao seu governo no que ao Banif diz respeito, Passos Coelho apresentou algumas explicações, revelando que estava à espera de um plano de reestruturação que pudesse ser aprovado, definitivo em Bruxelas, e ao mesmo tempo que se encontrasse um comprador para que o Estado pudesse reaver todo o dinheiro que emprestou ao banco para efeitos de recapitalização.

"Mas isso não foi possível", concretizou. "Não foi possível porque a realidade é o que é", justificou, acrescentando que o banco só não foi vendido porque "apesar de várias manifestações de interesse, de muitos investidores, acabou por nunca haver uma proposta firme, que permitisse a venda do banco". 

O líder do PSD garantiu que em finais de setembro, meados de outubro, o então governo foi notificado pelo Banco de Portugal (BdP), "no sentido de encontrar uma solução mais rápida, que permitisse ainda durante este ano encontrar uma solução que salvaguardasse a estabilidade financeira e, sobretudo, dos depósitos", assegurando que o Partido Socialista tinha conhecimento desta situação.

"O problema do Banif era conhecido pelo PS, não houve nenhum secretismo", adiantou. 

"Na própria ocasião em que passei a pasta ao meu sucessor [António Costa], tive a oportunidade para chamar a atenção. Em primeiro lugar, para aquilo que era a situação do próprio banco. Em segundo, daquilo que era a exigência colocada pela Direção Geral de Concorrência", frisou. 

Passos Coelho explicou ainda que o seu governo esperava que o dinheiro fosse devolvido, como aconteceu com outros bancos, mas esse não foi o caso do Banif. Infelizmente". 

Numa espécie de recado, o social-democrata reagiu aos comentários tecidos pelos seus oponentes, que o responsabilizaram pelo colapso do Banif. "É absurdo vir dizer que não se resolveu este problema mais cedo porque queríamos uma saída do nosso programa. Nós tivemos uma saída limpa, não precisámos de um segundo resgate", frisou.

"O Estado não precisou de pedir nenhum empréstimo para resolver este problema porque tinha lá dinheiro para isso", disse. Relativamente à solução encontrada para o banco, Passos Coelho não quis criticar por entender a dificuldade que a situação encerra. "Este Governo é muito bem-vindo à realidade", atirou.

A atuação do Banco de Portugal foi ainda elogiada pelo antigo primeiro-ministro. "Aquilo que é mais importante, é que o BdP atuou corretamente não precipitando uma solução de resolução", reiterou.

E, apesar de António Costa o ter acusado de esconder informações, o líder do PSD disse compreender esta solução do Governo atual. "Parece-me que o Governo agiu com diligência e procurou salvaguardar a estabilidade financeira. Espero que o Governo encontre as melhores soluções, em torno das quais não deve fazer arremessos políticos. Com a experiência que tenho, calculo, não teria uma solução muito diferente desta que foi adotada", terminou. 

[Notícia atualizada às 11h50]

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