As falhas no cruzamento de dados entre a Segurança Social, a Autoridade Tributária e Aduaneira e o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça provocaram falhas graves na atribuição de pensões.
De acordo com o noticiado esta quarta-feira pelo jornal i, o Tribunal de Contas, através da Conta Geral do Estado, detetou pagamentos de pensões realizados a contribuintes já falecidos. Algumas pensões foram pagas durante meses, outras durante 10 anos.
O documento citado pelo jornal i dá conta ainda que em 3.176 pensões a data de nascimento dos beneficiários estava incompleta ou não era válida. Em 35 casos a data de óbito era 1 de janeiro de 1850, embora a data de nascimento estivesse no intervalo entre 1850 e 1996.
Mas isto não é tudo. Em 93 mil pensões pagas não havia informação sobre a identificação fiscal dos contribuintes e em 16 mil beneficiários 492 já tinham morrido.
Estas falhas, alerta o Tribunal de Contas, tem “consequências ao nível da fidedignidade e atualidade da informação”.