No ano passado, mais de 33 mil trabalhadores solicitaram a intervenção do Fundo de Garantia Salarial (FGS), na tentativa de recuperarem salários, subsídios e indemnizações em atraso, escreve hoje o jornal Público, adiantando que se trata do valor mais elevado de sempre e de um aumento de 42% face a 2011. Contudo, só menos de metade, apenas 15 mil, conseguiu reaver os salários em atraso.
Algumas das razões que explicam a subida dos pedidos de intervenção do fundo são a degradação da situação económica e o aumento das insolvências para valores recorde. Em 2012 mais de seis mil empresas declararam insolvência, mais de quase 40% face ao ano anterior.
De acordo com os dados solicitados pelo Público, o FGS deu 'luz verde' aos pedidos de 15.098 trabalhadores (menos 28% do que em 2011), a quem pagou um total de 100 milhões de euros. E, em média, cada trabalhador recebeu 6.636 euros do fundo.
Este ano, a tendência mantém-se. De acordo com o jornal, só em Janeiro, o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), que é a entidade responsável pela gestão do FGS, recebeu mais de 3.600 requerimentos, quase mais 40% do que no início de 2012.