A política de mobilidade e os transportes públicos na Área Metropolitana em Lisboa vão estar em debate no sábado, num encontro organizado pela FAUL, com a participação do presidente do município da capital, António Costa, o ex-líder da CGTP Carvalho da Silva, o dirigente da UGT Carlos Silva e Vasco Colaço, da associação de defesa dos consumidores DECO.
“Temos assistido por parte do Governo a sucessivas decisões erradas. Tem feito aumentar os preços, sem que isso tenha correspondido a um aumento significativo das receitas das empresas, e com uma perda de muitas dezenas de milhões de passageiros por ano”, declarou à Lusa Marcos Perestrello.
Para o líder da estrutura socialista, o fim dos passes sociais trouxe “consequências sociais gravíssimas” para as pessoas, que “deixaram de andar nos transportes públicos”, mas também um “prejuízo muito significativo para as empresas”.
Por outro lado, o “aumento muito significativo” dos preços dos transportes – que em alguns casos, como no Metro, ultrapassaram os 20 por cento de subida do custo do bilhete – conduziu a uma redução dos utentes e ao “aumento da fraude” na utilização dos transportes, destacou Perestrello.
“O Governo tem tido uma política de desincentivo à utilização de transportes públicos, muito grande do ponto de vista ambiental, económico e social”, com consequências no aumento das emissões de dióxido de carbono, uma pior mobilidade na área metropolitana e “encargos incomportáveis para muitas famílias”, criticou.